foto: Ministério da Saúde

A presidente do Conselho Nacional de Saúde, Maria do Socorro de Souza, tentou transformar a 15ª Conferência Nacional de Saúde em um ato político pró-Dilma. Durante seu pronunciamento na noite da última quinta-feira (03), ela fez duras criticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), e entoou o gripo de guerra “Olê olê olê olá Dilma Dilma”.

Centenas de delegados presentes no evento que deveria ser discutido somente melhorias para a saúde pública brasileira, ficaram indignados com a atitude da presidente do Conselho.

Para o Delegado Valter do Estado da Bahia, a presidente do CNS conseguiu manchar a 15ª edição da Conferência de Saúde.

“Ela acabou com a Conferência Nacional de Saúde, ela tumultuou e incitou a população com esse grito (Olê olê olê olá Dilma Dilma)”, disse em tom de desabafo.

Ele criticou ainda a tentativa da segurança da presidente Dilma de impedir a entrada de centenas de delegados no auditório principal do evento na hora que a presidente iria fazer seu pronunciamento.

“Estava parecendo a ditadura aqui com o uso da força, nós somos delegados eleitos democraticamente, é um absurdo que está acontecendo aqui”, disse.

Já o Delegado Paulo César da delegação do Estado do Espírito Santo fez duras críticas à comissão organizadora do evento. “Ao invés da gente está discutindo melhorias para a saúde, a coordenação nacional junto com alguns gestores que são agraciados pelo Governo Federal estão fazendo política partidária aqui”, relatou.

Um dos representantes do Piauí, Gilmar da cidade de Barras, disse que se sentiu envergonhado com o desfecho da 15ª Conferência de Saúde. “A coordenação do evento tentou deixar uma falsa impressão de que todo mundo que está aqui é simpatizante do PT e isso não procede, viemos aqui discutir a saúde e não política partidária”, disse.

A Conferência reuniu mais de 3 mil pessoas entre delegados e convidados em Brasília, entre os dias 1º a 4 de dezembro. Nas conferências, reúnem-se representantes de diversos segmentos da sociedade como, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), do governo, dos profissionais de saúde, dos prestadores de serviços entre outros, para avaliar e propor novas diretrizes para a formulação da política de saúde nos municípios, estados e no País.