Publicado em: 01/02/2012 às 02:59

Fatos da História do Município de Esperantina: Peste negra

No início do século XX, quando o povoado Retiro da Boa Esperança, hoje Esperantina, começou a ser realmente desbravado, desmatado e edificadas muitas residências, o povo foi acometido de uma grande epidemia que quase o dizimou.

As pessoas encontravam-se de mãos e pés de cor amarelada, febre alta, vômitos de cor preta e feridas na gengiva. O povoado vendo-se atacado pela enfermidade que desconhecia, batizou-a de peste. Peste e negra para matar grande parte da população daquela época.

A falta de médicos levou muitas pessoas ao cemitério, às vezes três ou quatro no mesmo dia. As mortes eram tão freqüentes que já não dava para fazer caixão, enterravam na própria rede do falecido.

O povo e os vaqueiros viram no gado a única salvação, para isso reuniam grande manada que se batiam nas ruas estreitas do povoado.

A crença de que o bafo do gado cura doenças é antiga como também de que a pessoa que dormia perto dele estava protegida de todo malfazejo.

E, suplicando ainda pela intervenção de São Sebastião, protetor das pragas, o povo fez promessa de que se o santo livrasse o Retiro da Boa Esperança da peste passaria a festejá-lo. E Cristino Félix de Melo esculpiu uma imagem do santo que passou a ser festejado como o segundo padroeiro, assim surgindo os festejos de São Sebastião.

Texto extraído do livro Aspectos de Esperantina (Valdemir Miranda)

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