Publicado em: 15/05/2012 às 11:17

15 de maio – dia do assistente social

A profissão de Assistente Social surgiu no Brasil na década de 30, sendo regulamentada hoje pela Lei Federal 8.662, de 7 de junho de 1993. É uma das poucas profissões que possui um projeto profissional coletivo e hegemônico, denominado projeto ético-político, que foi construído pela categoria a partir das décadas de 70 e 80, expressando o compromisso com a construção de uma nova ordem societária, mais justa, democrática e garantidora de direitos sociais.

Os assistentes sociais estão na linha de frente de um trabalho fundamental para o acesso e a efetivação dos direitos da população, tendo prioridade aqueles mais vulnerabilizados, visto que as políticas sociais vão aos poucos perdendo sua potencialidade redistributiva no cenário do privilégio do privado em detrimento do público.

Tomemos como exemplo a fala da professora Martinelli no texto de sua autoria intitulado “Reflexões sobre o Serviço Social e o Projeto Ético Político profissional” que diz: “Como sou assistente social há várias décadas, é com esta profissão que venho atravessando a vida e construindo a minha história. Com ela realmente me construí, pois é uma profissão que traz muitos desafios, mas traz também muito retorno.

Assim como os ferroviários ingleses responderam ao historiador Edward Thompson (1948, p. 36), quando perguntados sobre a árdua tarefa de construir ferrovias: “Nós construímos a ferrovia, mas ela também nos construiu”, posso, com convicção, afirmar que contribuí muito para a construção do Serviço Social, mas ele também me construiu. Profissionalmente, como assistentes sociais, somos colocados muito próximos daquilo que é essencial na nossa vida, que é a possibilidade da construção coletiva e da intervenção no próprio tecido social”.

O Serviço Social, desde as suas origens, é uma profissão que tem um compromisso com a construção de uma sociedade humana digna e justa. Este é o coração do nosso Projeto Ético Político, é o nosso compromisso diário. Para revigorar as nossas forças e esperanças no nosso cotidiano de lutas, num dia como hoje de festa e homenagens não poderíamos deixar de citar Fernando Pessoa quando diz: “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.

É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.” Que Deus abençoe e ilumine a todos (as)! E não se esqueçam: por sermos assistentes sociais já somos pessoas especiais. Vamos comemorar!

A autora, Maria Dvanil D´Ávila Calobrizi, é assistente social e professora universitária

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