Povo que não tem raízes, não tem história…
No Brasil, “fabricam-se” leis que, colocadas em prática, terminam por vezes no judiciário, algumas por inconstitucionalidade, outras por serem elaboradas e jamais funcionarem, enquanto que algumas deveriam contar com um artigo determinando um período de implantação para posterior revisão de possíveis defeitos.
A lei sobre patrimônio histórico, como exemplo, não temos a menor dúvida de que foi uma lei elaborada com a melhor das intenções, visando à preservação de nossas raízes, dentro daquela máxima que assinala: “povo que não tem raízes, não tem história”, e que serve, ainda, como modelo para incentivo turístico.
No entanto, pouco vale impedir, por lei, a demolição de prédios históricos e, por total falta de preservação, vê-los em pouco tempo, ruindo naturalmente e, muitas vezes sendo demolidas por pessoas que por desconhecimento e/ou por ignorância destroem prédios históricos para poderem erguir construções modernas com arquiteturas arrojadas, isto é, quando o fazem.
A preservação de prédios históricos e antigos deveria contar com um estudo de profundidade para saber se a família proprietária do imóvel tem condições financeiras de mantê-lo saudável, para ser observada como parte de um passado, raiz deixada pelos que nos antecederam. Caso as famílias não tenham condições financeiras, o Estado e/ou o município deveria tomar a iniciativa, através de mecanismos outros, como sua desapropriação e promoção de obras necessárias de preservação. (fonte: jornalagora.com).
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Em Esperantina, praticamente não houve nenhuma iniciativa por parte dos administradores no sentido de evitar que edificações históricas fossem demolidas e quase nada foi feito para tombar e restaurar os poucos prédios antigos que ainda existem.
O escritor esperantinense Assis Fortes usou seu novo livro intitulado de “Memórias de Mim, Histórias dos outros”, para poder demonstrar seu repúdio e indignação com a demolição do Clube Esperantino, o antigo Cassino, entre outros.
A cada dia que passa a paisagem de Esperantina se torna cada vez mais moderna, os prédios antigos desaparecem e dá lugar a construções “novas”. Infelizmente se nada for feito as gerações futuras não terá o privilégio de conhecer os prédios históricos que marcaram a vida dos esperantinenses no começo de sua emancipação.
2 comentários adicionados em “Povo que não tem raízes, não tem história…”
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6 Fevereiro de 2012 as 13:13
Parabéns pela matéria, Esperantina, precisa refletir sobre suas atitudes.
Todos nós somos responsáveis pela preservação do patrimônio de nossa cidade.
Porém o MP nada fez, o Poder Público, estes poderiam ter desepropriado e com liminar evitado que o mal acontecesse.
Mas ainda tem solução, vamos restaurar, reconstruir o frontão do cassino. Fica aqui lançado a ideia.
8 Fevereiro de 2012 as 16:27
A história de Esperantina aos poucos vai desaparecendo. Primeiro foi a demolição do segundo pavimento e da faxada do prédio da antiga Prefeitura, depois o prédio do senhor José do Carmo Amorim e o antigo cassino. Estes imóveis representavam um pouco da história de Esperantina. Depois pode ser a casa do Cel. José Fortes, a Casa Paroquial, a casa do senhor Gervásio Lages e outras.
Uma vez dei uma ideia para um vereador de nossa cidade que apresentasse um projeto criando o Instituto Histórico de Esperantina para que se preservasse a memória de nosso município, mas nada foi feito e o resultado é que vemos a cada dia dilapidando-se o Patrimônio Público. Isto é triste para Esperantina!!!
Fica aqui também minha ideia para os nossos vereadores possam apresntar um projeto neste sentido, antes que seja tarde.