Publicado em: 07/02/2012 às 16:51

Povo que não tem raízes, não tem história…

Antigo Cassino de Esperantina

No Brasil, “fabricam-se” leis que, colocadas em prática, terminam por vezes no judiciário, algumas por inconstitucionalidade, outras por serem elaboradas e jamais funcionarem, enquanto que algumas deveriam contar com um artigo determinando um período de implantação para posterior revisão de possíveis defeitos.

A lei sobre patrimônio histórico, como exemplo, não temos a menor dúvida de que foi uma lei elaborada com a melhor das intenções, visando à preservação de nossas raízes, dentro daquela máxima que assinala: “povo que não tem raízes, não tem história”, e que serve, ainda, como modelo para incentivo turístico.

No entanto, pouco vale impedir, por lei, a demolição de prédios históricos e, por total falta de preservação, vê-los em pouco tempo, ruindo naturalmente e, muitas vezes sendo demolidas por pessoas que por desconhecimento e/ou por ignorância destroem prédios históricos para poderem erguir construções modernas com arquiteturas arrojadas, isto é, quando o fazem.

A preservação de prédios históricos e antigos deveria contar com um estudo de profundidade para saber se a família proprietária do imóvel tem condições financeiras de mantê-lo saudável, para ser observada como parte de um passado, raiz deixada pelos que nos antecederam. Caso as famílias não tenham condições financeiras, o Estado e/ou o município deveria tomar a iniciativa, através de mecanismos outros, como sua desapropriação e promoção de obras necessárias de preservação. (fonte: jornalagora.com).

—–x——

Em Esperantina, praticamente não houve nenhuma iniciativa por parte dos administradores no sentido de evitar que edificações históricas fossem demolidas e quase nada foi feito para tombar e restaurar os poucos prédios antigos que ainda existem.

O escritor esperantinense Assis Fortes usou seu novo livro intitulado de “Memórias de Mim, Histórias dos outros”, para poder demonstrar seu repúdio e indignação com a demolição do Clube Esperantino, o antigo Cassino, entre outros.

A cada dia que passa a paisagem de Esperantina se torna cada vez mais moderna, os prédios antigos desaparecem e dá lugar a construções “novas”. Infelizmente se nada for feito as gerações futuras não terá o privilégio de conhecer os prédios históricos que marcaram a vida dos esperantinenses no começo de sua emancipação.

2 comentários adicionados em “Povo que não tem raízes, não tem história…”

  1. valdemir Miranda Disse:

    Parabéns pela matéria, Esperantina, precisa refletir sobre suas atitudes.
    Todos nós somos responsáveis pela preservação do patrimônio de nossa cidade.
    Porém o MP nada fez, o Poder Público, estes poderiam ter desepropriado e com liminar evitado que o mal acontecesse.
    Mas ainda tem solução, vamos restaurar, reconstruir o frontão do cassino. Fica aqui lançado a ideia.

  2. Francisco Fortes Filho Disse:

    A história de Esperantina aos poucos vai desaparecendo. Primeiro foi a demolição do segundo pavimento e da faxada do prédio da antiga Prefeitura, depois o prédio do senhor José do Carmo Amorim e o antigo cassino. Estes imóveis representavam um pouco da história de Esperantina. Depois pode ser a casa do Cel. José Fortes, a Casa Paroquial, a casa do senhor Gervásio Lages e outras.

    Uma vez dei uma ideia para um vereador de nossa cidade que apresentasse um projeto criando o Instituto Histórico de Esperantina para que se preservasse a memória de nosso município, mas nada foi feito e o resultado é que vemos a cada dia dilapidando-se o Patrimônio Público. Isto é triste para Esperantina!!!

    Fica aqui também minha ideia para os nossos vereadores possam apresntar um projeto neste sentido, antes que seja tarde.

Deixe sua mensagem

Você precisa está logado para escrever um comentário.

Portal Rio Longá | Copyright © 2012-2014 | Todos os direitos reservados