Publicado em: 26/07/2014 às 00:48

No Piauí, mais de 200 pessoas estão na lista de espera por um rim

imagem: ilustrativa

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No Piauí, cerca de 271 pessoas estão na lista de espera por um transplante de rim, pelo menos é o que afirma a Central Estadual de Regulação de Transplantes. Os casos são decorrentes da chamada doença renal crônica (DRC), uma doença silenciosa, caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função dos rins. As opções de tratamento são a hemodiálise, diálise peritoneal e o transplante renal.

No Brasil, assim como no resto do mundo, os dois principais fatores causadores da doença renal crônica são o diabetes e a hipertensão arterial. Quando associadas, em um mesmo indivíduo, o risco de desenvolver a DRC é ainda maior. As medidas primordiais para a prevenção são o controle do diabetes e da pressão arterial.

De acordo com a médica nefrologista e membro da equipe de transplante renal do HGV, Celina Castelo Branco, no Brasil, a hipertensão arterial é a principal causa da doença.

“O Governo brasileiro, através do Ministério da Saúde (MS), adotou uma política de prevenção e combate à doença renal crônica, considerada um caso de saúde pública”, enfatiza.

Em relação a outros fatores que provocam a doença, a nefrologista explica que a prevenção é mais difícil, pois a DRC não apresenta características clínicas evidentes e que, normalmente, elas aparecem de forma tardia.

Nesses casos, o diagnóstico precoce é a principal forma de prevenção. Daí, a importância de se procurar um médico e realizar, periodicamente, exames laboratoriais como a creatinina, importante indicador das condições dos rins. Sobretudo, os indivíduos que apresentam fatores de risco: diabetes, pressão alta e pessoas com histórico familiar de doença renal.

Apesar da doença renal crônica não apresentar muitos sintomas, é importante conhecer alguns sinais que podem estar relacionados a ela, tais como fraqueza, cansaço, inchaço nos olhos, pés e tornozelos, urinar com maior frequência durante a noite; sangue na urina, falta de apetite e náuseas e vômitos na fase mais avançada da doença.

Quanto às formas de tratamento, a médica diz que os melhores resultados são obtidos com o transplante.

“O transplante não significa a cura, mas sim uma excelente forma de tratamento, que propicia ao paciente ter uma melhor qualidade de vida. Porém, o transplantado precisa tomar medicamentos continuamente, principalmente nos primeiros seis meses após o procedimento, para controlar a imunidade e evitar a rejeição. Além disso, deve visitar um nefrologista periodicamente, durante toda a vida”, pontua.

A profissional chama a atenção para o fato de que nem toda pessoa que tem DRC está apta a receber um transplante renal.

“Para passar por um transplante, o paciente precisa estar clinicamente estável; com anemia, pressão arterial, diabetes e doença cardíaca, caso apresente, controlados. Pois ele será submetido a uma cirurgia com anestesia geral, onde existem as complicações inerentes ao procedimento”, finaliza.

Fonte: Tribuna do Piauí

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