A cidade mineira de Piumhi tem sofrido com a constante troca no comando do Executivo Municipal.

A primeira decisão neste sentido foi proferida em 11.09.2013 e, de lá até agora, já ocorreram 15 alternâncias no poder entre a chapa eleita (Wilson Craide e José Cirineu Silva) e os segundos colocados no pleito de 2012 (Deco e Seabra). Um verdadeiro recorde nacional!

O motivo do entra-e-sai de Prefeitos são decisões judiciais que ora afastam, ora determinam o retorno ao cargo de Craide e Cirineu, em razão de decisões e liminares em processo sobre captação ilícita de sufrágio – RP 640-36.2012.613.0220.

De acordo com o Relatório constante da sentença, Wilson Marega Craide e José Cirineu Silva, no período compreendido entre o registro de suas candidaturas e o dia da eleição, praticaram a captação de sufrágio (compra de votos) através de promessa de doar lotes a vários eleitores. Além disso, teriam entregue à eleitora Maria Aparecida da Silva, também com a finalidade de angariar votos, sacos de cimento e cal.

Após analisar as provas, o juiz eleitoral da cidade decidiu aplicar multa e cassar o diploma do Prefeito e Vice (que tem como consequência a pera do mandato de quem foi eleito). Depois disso, muitos recursos foram apresentados e diversas liminares determinavam afastamento e retorno ao cargo, o que gerou grande instabilidade política na cidade e certamente descontinuidade de programas e projetos.

Quem perdeu, na verdade com tudo isso, não foram os políticos, mas sim os eleitores.